sábado, 24 de janeiro de 2015


A nossa era evolui com tanta rapidez que já se comenta sobre a inexistência da internet no futuro. Isso não quer dizer que ficaremos desconectados, muito pelo contrário.
Na reportagem abaixo Erick Schmidt em um Fórum Econômico Mundial que aconteceu na Suíça, expõe as suas percepções sobre o assunto, a saber:

Internet como conhecemos desaparecerá, diz Eric Schmidt

Ruben Sprich/Reuters

Schmidt: "Um mundo altamente personalizável, interativo e muito, muito Descrição: Eric Schmidt, presidente do Google, fala durante Fórum Econômico Mundial, em Davosinteressante surgirá"
Gustavo Gusmão, deINFO Online
São Paulo - O Google é uma das marcas que, hoje, mais depende da web para faturar e simplesmente existir.
Mas o presidente da companhia, Eric Schmidt, acredita que a internet, base de praticamente todos os negócios da empresa, logo irá desaparecer.
A declaração foi dada pelo executivo durante o Fórum Econômico Mundial, realizado nesta semana em Davos, na Suíça.
Quando questionado sobre o futuro da rede, Schmidt foi direto: "Eu responderei simplesmente que a internet irá desaparecer".
O presidente do Google, no entanto, não previu um cenário catastrófico e nem nada do gênero.
Schmidt quis dizer que a internet logo estará tão integrada a tudo que, em breve, praticamente não a veremos mais.
Ou seja, a chamada Internet das Coisas, hoje já muito presente, em breve deverá predominar.
"Haverá tantos endereços IP, tantos dispositivos, sensores, itens que você vestirá, coisas que você interagirá, que você nem vai mais notá-la. Ela será parte de sua vida o tempo todo", completou, segundo o Hollywood Reporter.
Para o executivo, logo será possível entrar em uma sala e, com a permissão do usuário, interagir com tudo que acontece ali dentro.
"Um mundo altamente personalizável, interativo e muito, muito interessante surgirá", segundo o presidente do Google – que, após adquirir a Nest, já começou a caminhar rumo a essa previsão.
A visão de Schmidt relacionada ao crescimento da Internet das Coisas não é única, por sinal.
Vint Cerf, um dos pioneiros da web, disse ainda em 2013 que o conceito será muito bem-sucedido, e Hu Yoshida, CTO da Hitachi Data Systems, previu em entrevista a INFO que em 2020 tudo será diferente graças à ideia de fazer tudo se comunicar.
Entre as empresas, a Apple deu um passo em direção a esse futuro de Schmidt ao lançar seu próprio certificado de integração.
A Samsung, por sua vez, anunciou durante a CES deste ano que todos os seus produtos estarão conectados em cinco anos.
Por fim, a Intel é talvez a mais "empolgada" em relação à ideia de conectar tudo.
Em 2013, a empresa criou uma divisão interna destinada apenas aos dispositivos conectados, e a iniciativa trouxe resultados já em 2014 com o pequeno Edison.
Em 2015, então, vimos o nascimento do Curie, um SoC do tamanho de um botão, e o anúncio de que o setor ainda jovem compõe 2,1 bilhões de dólares da receita da companhia.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Comunicação e Afetividade

Como assevera o grande filósofo e escritor Mário Sérgio Cortella ”A ideia de felicidade sozinha ela teria que ter uma questão anterior: se é possível viver sozinho...[...] A possibilidade da felicidade isolada, solitária é nenhuma. Pra que eu possa ser feliz sozinho eu teria que ser capaz de viver sozinho.”. Nesse sentido, esse autor afirma claramente ser impossível ser feliz sozinho.”, por isso o ser humano busca em sua existência o tempo todo uma interação e aproximação com o outro.
Mesmo em um mercado globalizado, onde as pessoas buscam freneticamente o dinheiro e para isso utilizam-se quase todo o seu tempo com exaustivas atividades, chega um momento em que ele sente a necessidade de compartilhar emoções, experiências e afetividades e o computador através do recurso da internet, possibilita essa oportunidade de não estar sozinho, mesmo que se viva sozinho. Através da tela de um computador é possível sentir o outro, mesmo que este esteja longe.
As tecnologias de hoje alcançam situações antes inimagináveis, pois é possível em um tempo real, uma grande troca de ideias e culturas, por exemplo, nas redes sociais. Ademais, essas redes além de oportunizar uma “companhia”, mesmo que virtual, ela também passa a ser um meio de aprendizado quando se faz parte de um grupo de estudo ou comunidade de aprendizagem.
Muitos críticos colocam obstáculos numa aprendizagem à distância. O argumento para tanto, é de que uma educação a distância impossibilita a aproximação das pessoas e impede a formação de laços. Ora, percebe-se em nossa realidade que esse argumento não merece prosperar, tendo em vista que através da EAD, utilizando cursos online, por exemplo, somos capazes de, além de conhecer colegas, formar laços de amizade. A internet no mundo contemporâneo passa a ser, então, uma ferramenta de aproximação. Quantas famílias já se formaram pelo contato através da internet? Assim sendo, não tem fundamento o entendimento de que os cursos da EAD geram um distanciamento entre os alunos e os impedem de se tornarem sociáveis.
A comunicação é um campo de “trocas”, de conhecimentos e de afetos. A partir dessa troca interagimos com alguém. É muito comum nos ambientes virtuais a troca de conhecimento por um grupo de intelectuais ou colegas de estudo ou trabalho. Mas, há também a troca de afinidades ou afetividade. Esta ocorre por meio da empatia. José Manuel Moran (2000, p. 21), distingue essas duas formas de comunicação da seguinte forma:
Na comunicação afetiva  expresso meus sentimentos juntamente com as ideias e procuro sentir o que o outro sente. Procuro aproximar-me pela empatia, pela comunhão de sentimentos, na comunicação cognitiva expresso minhas ideias, compartilho as ideias de outros, procuro compreender, aproximar-me ao máximo do seu universo e interagir com eles.

Normalmente as pessoas comunicam conhecimentos e ideias, que é a comunicação cognitiva, mas esta para ser frutífera é necessária que seja enriquecedora, de forma a proporcionar uma aproximação de pontos de vista.
Na obra, “Mudanças na Comunicação Pessoal”, o autor José Manuel Moran amplia esta discussão sobre a comunicação de forma prazerosa e instigante. Através desta obra ele mostra que é possível pela comunicação integrar o nosso eu dividido, nos reencontrar, preencher nossas carências, fazer trocas mais significativas, apreender melhor, mostrar novos olhares sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre o mundo – mais plenos de afeto e compreensão.  Enfim, ele afirma que novas práticas de comunicação poderão ajudar-nos a evoluir mais rapidamente, a ser mais felizes. Vale a pena ler!



 Por: Rosana Gondim